O governo de Omã anunciou, na última semana, o cancelamento da exigência de declaração adicional de vacina contra o vírus H5N1, causador da gripe aviária, para os frangos exportados pelo Brasil.
“Isto agiliza e diminui, em parte, o custo da legalização [das cargas]”, afirma Ricardo Santin, vice-presidente de Aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), sobre os benefícios que a decisão do país árabe terá sobre as vendas brasileiras de frango para lá.
Ele conta que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em francês) já atesta que o Brasil é livre de contaminação do H5N1 e que, agora, o governo de Omã está reconhecendo este fato. “Isso evita retrabalho e serviço para as embaixadas e desburocratiza o processo [de exportação]”, avalia.
Desta forma, Santin explica que, por ser livre da doença, o Brasil nunca vacinou sua produção de aves contra a gripe aviária. Apesar disso, para as vendas direcionadas a Omã, eram necessárias declarações extras emitidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atestando a saúde das aves.
Dados da ABPA mostram que, de janeiro a maio, o Brasil exportou 27.604 toneladas de frango para Omã. “Houve um aumento de 2,9% no volume de vendas”, destaca Santin, comparando as exportações com o mesmo período do ano passado. “É um comércio bem estruturado e positivo”, ressalta.
O executivo avalia que o cancelamento da exigência do certificado adicional é importante por ser “uma manifestação pública da reiteração da confiança no sistema brasileiro”. “Isso vai facilitar os negócios que já temos. Omã é um grande cliente”, completa.
Fonte: ANBA
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