No início de março, Braian Rodríguez foi anunciado pelo Grêmio como esperança para o comando de ataque. Pelos gols feitos no Huachipato, do Chile, contra o próprio Tricolor pela Libertadores de 2013, o uruguaio tinha status de artilheiro, aquele jogador que sabe o que fazer quando está cara a cara com o goleiro. Mas não demorou para a expectativa fracassar. O gol perdido no fim do jogo diante da Ponte Preta, no domingo, só sublinhou o curva descendente do jogador no time gaúcho.
Braian marcou logo na estreia, pelo Campeonato Gaúcho. Ali, muitos ignoraram o fato dele ter feito menos de 50 gols em toda carreira (e já tem 28 anos). Forte, alto, com a 'alma castelhana' que a torcida do Grêmio tanto aprecia, Braian era esperança. Não deu certo.
Em seguida vieram oportunidades perdidas e partidas em que sua atuação passou longe do esperado. Mesmo com a preferência do então treinador gremista Luiz Felipe Scolari de atuar com um centroavante clássico, ele acabou no banco de reservas. Chegou Vitinho como alternativa e depois da saída de Felipão, Bobô também foi contratado. Tudo porque Braian não atingiu o nível esperado.
Emprestado pelo Bétis até o meio de 2016, a falta de boas atuações dele não chega a ser novidade. Não conseguiu se firmar no futebol espanhol mesmo longe dos grandes. Foi suplente no Numancia, da Série B do país europeu. Já não conseguia render desde a saída do Chile, onde tinha status de craque.
Sua presença no elenco é útil, na avaliação de Roger Machado. Segundo o treinador, ele tem uma característica diferente dos demais jogadores de frente. Mas todos sabem que o gol perdido de dentro da pequena área contra a Ponte Preta é algo que não pode acontecer. Ainda mais para o jogador cuja principal função em campo é colocar a bola na rede adversária.
"Muito embora Bobô e Braian sejam de área, têm características diferentes. O Bobô joga centralizado em cima do zagueiro, o Braian busca a casquinha, ganhar a primeira bola, sai mais. Queria esta primeira jogada contra a Ponte Preta. Já o Vitinho é mais centroavante de velocidade", analisou Roger.
Não será surpresa se Braian Rodríguez for devolvido ao Bétis no fim deste ano, mesmo com mais seis meses de empréstimo. Mas ainda terá um turno inteiro de Brasileirão para provar que, já adaptado, poderá render mais do que o pouco apresentado até agora.
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