O Brasil enfrenta, amanhã, seu jogo mais difícil e decisivo desta Copa do Mundo. O duelo contra a Alemanha, às 17h, em Belo Horizonte, é tudo ou nada. A seleção brasileira pegará uma das mais fortes candidatas ao título desfalcada de Thiago Silva.
O zagueiro, que forma, com David Luiz, o que vem sendo considerada a melhor dupla de zagueiros do mundo, levou o segundo cartão amarelo contra a Colômbia e está suspenso. Mas, a ausência de Neymar — com uma fratura na terceira vértebra lombar, após receber joelhada do colombiano Zúñiga — coloca contornos ainda mais dramáticos para as chances de o Brasil chegar à Final no próximo domingo, no Maracanã.
A Alemanha estará completa. Mas o Brasil não tem plano B para jogar sem Neymar. Seus substitutos podem ser tanto Willian quanto Bernard. Outra opção seria Hernanes, que mudaria mais ainda o esquema montado por Felipão, tornando o time menos ofensivo. Nenhum dos três, entretanto, tem as características e o talento do atacante do Barcelona. E, na maioria dos jogos desta Copa, o Brasil em campo tem sido Neymar + 10.
Para o lugar de Thiago Silva, Luiz Felipe Scolari tem as opções de Dante e Henrique. O primeiro conta com a vantagem de conhecer bem o futebol alemão, pois joga no Bayern de Munique, mesmo clube de Müller e Mario Götze. Já Henrique foi comandado por Felipão quando ele treinava o Palmeiras, e jogou por menos de dez minutos contra a Colômbia, substituindo justamente Neymar.
O Brasil, cinco vezes campeão, e a Alemanha, com três títulos, tiveram campanha irregular até agora e não venceram todos os jogos. A seleção brasileria passou sufoco contra México e Chile; a Alemanha, contra Gana e Argélia. Nas Oitavas, ambas se classificaram com gols de zagueiros: Mats Hummels, Thiago Silva e David Luiz. Seus atacantes — entre eles Müller, que fez 4 gols e pode alcançar o colombiano James Rodríguez, líder na artilharia com 6 gols — estão sem marcar há dois jogos.
O Brasil tem uma dúvida menor no meio de campo. Luiz Gustavo cumpriu suspensão de dois cartões amarelos contra a Colômbia e deveria voltar ao time titular. Porém, Paulinho, que o substituiu, teve um excelente desempenho. A outra substituição, com entrada de Maicon na lateral direita, no lugar de Daniel Alves, foi perfeita: o time melhorou naquele lado, tanto na defesa quanto no ataque. Será que Felipão vai mexer em time que está ganhando?
Sem essas dúvidas, a Alemanha vai para a Semifinal com uma forte zaga. Seus beques são altos e também marcam gols. Foi assim contra a França, quando Hummels fez 1×0 de cabeça, após belo cruzamento de Kroos. O zagueiro também já marcara na estreia contra Portugal, na vitória por 4×0.
No ataque, os alemães contam com Müller, que foi o artilheiro da Copa de 2010, com 5 gols. Na armação, tem jogadores como Özil, Götze e Schweinsteiger, que além de grandes assistentes, também exigem atenção da defesa brasileira, devido à sua capacidade de finalização. A troca de passes entre os quatro alemães de frente será outro motivo de preocupação para a defesa brasileira.
Mas, mesmo completa, a Alemanha tem também suas fraquezas. Nas partidas contra Gana e França, seus zagueiros não conseguiram acompanhar a velocidade dos atacantes, e esse é um ponto que Fred, Hulk e o substituto de Neymar poderão explorar. O histórico entre as duas seleções, porém, é favorável ao Brasil: em 21 partidas, vencemos 12, enquanto a Alemanha, apenas 4.
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