O Comitê Executivo da FIFA, em uma reunião em Zurique nesta sexta-feira, determinou o fim da participação de terceiros na posse dos direitos econômicos dos jogadores. A decisão de Joseph Blatter era bastante cobrada pelo presidente da Uefa, Michel Platini, que via essa prática como prejudicial.
Segundo a entidade, haverá um período de transição, de três a quatro anos, para os clubes se adaptarem à norma.
Para o consultor da BDO Brazil, Pedro Daniel, a novidade deve ser muito interessante a médio prazo e que deverá trazer mais transparência. “ O dirigente não vai ter mais opções de curto prazo. A mentalidade deve mudar. Prática de boa gestão deve ser mais comum”, disse.
A opção a curto prazo que existe atualmente é a contratação com a ajuda de investidores que compram o jogador e levam para determinado clube e depois faturam em cima da transferência, usando o time apenas como “vitrine”. Além disso, é comum os clubes venderem partes dos direitos de seus jogadores das divisões de base para empresas, “fatiando” os atletas. “O grande ganho para o futebol brasileiro é o fim da possibilidade de fatiar o jogador para fazer caixa. Agora não poderá fazer isso. Vão precisar repensar o planejamento financeiro”, afirmou Pedro Daniel.
O mercado agora também deverá se ajustar, com a saída desta terceira parte. “Deve diminuir o valor de transferência, porque antes tinha um player que potencializava esse valor”, completou Pedro Daniel.
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