Embraer: US$ 22,9 bilhões em pedidos no segundo trimestre

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A carteira de pedidos firmes de aeronaves a entregar (backlog) da Embraer no segundo trimestre deste ano chegou ao patamar de US$ 22,9 bilhões, número considerado pela fabricante brasileira de aviões o maior da sua história. No final do trimestre anterior, em 31 de março de 2015, a carteira de pedidos firmes totalizava US$ 20,4 bilhões. No período de janeiro a maio, a Embraer entregou 27 jatos para o mercado de aviação comercial e outros 33 para o de aviação executiva, totalizando 60 aeronaves, ante 58 entregues no mesmo período no ano passado.  



O principal destaque do trimestre foram os US$ 2,6 bilhões em pedidos firmes anunciados durante o Paris International Air Show. O valor inclui sete aeronaves modelo E190 para a chinesa Colorful Guizhou Airlines; oito E175 para a americana SkyWest Airlines, que serão operadas pela Alaska Airlines; dez E175 para a United Express; além de 15 E190-E2 e dez E195-E2 para a empresa de leasing americana Aircastle, sem considerar as opções e direito de compra previstos nos contratos. 



Em maio, a Embraer já havia anunciado pedidos da Tianjin Airlines para 22 aeronaves (20 E195 e dois E190-E2), o que tornou a companhia a primeira aérea chinesa a adquirir os E-Jets E2. No mesmo período, outro contrato havia sido anunciado com a Azul Linhas Aéreas para a venda firme de 30 jatos E195-E2. 



Na avaliação do analista Felipe Martins, da Coinvalores, no caso da aviação comercial, principal segmento da Embraer, a recuperação econômica americana e a elevada competitividade da segunda geração de E-Jets (E2-Jets) torna o cenário de vendas favorável. A expectativa, segundo o especialista, é que o segmento encerre o ano de 2015 com cerca de 100 entregas, em linha com o que havia sido reportado nos últimos anos. “Um dos principais catalisadores de vendas se baseia no custo operacional das aeronaves; com uma redução de 5% no consumo de combustível frente à geração anterior, e ainda mais econômico frente a seus principais concorrentes”, informa o relatório de Martins pela Coinvalores. Para ele, com o enfraquecimento da demanda por aeronaves executivas na China , o foco da Embraer deverá se voltar cada vez mais para a sua unidade de produção nos Estados Unidos. Na China, a Embraer tem uma planta em Harbin, desenvolvida por meio de uma parceria com o governo chinês. 



Ainda segundo o analista, diante do conturbado cenário fiscal do Governo Federal, o segmento de Defesa e Segurança (D&S), vem sendo prejudicado pelo atraso nos repasses governamentais em diversos projetos em andamento, como o Sisfron (vigilância de fronteiras), o KC-390, o novo cargueiro militar da empresa e a construção de um satélite brasileiro a ser lançado no final de 2016. “Em caso de um agravamento desse cenário, a empresa pode vir a desacelerar consideravelmente tais projetos ou mesmo cancelá- los. Ainda assim consideramos baixa essa probabilidade, em vista do estágio avançado dos projetos”, diz Martins. 

 

Tags: Embraer , Avião , Aviação , Jato

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