Nike busca se aproximar da nova geração de esportistas

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A Nike, considerada líder mundial no mercado de materiais e roupas esportivas, tem sua imagem associada ao patrocínio das seleções brasileiras de futebol e basquete, além do atletismo. Mas a empresa também tem ampliado suas parcerias para incentivar o esporte ao ar livre. No Rio de Janeiro, que é tida pela empresa como a cidade símbolo do esporte, foi firmada parceria com a Prefeitura, em que a norte-americana investiu na reforma de quadras do Aterro do Flamengo e se associou à CBF para treinar cerca de cinco mil jovens. 

Também fez de uma de suas duas lojas próprias no país (ambas no Rio de Janeiro) um clube de corrida, com treinamentos semanais gratuitos para quem quiser começar a correr ou melhorar sua performance no esporte. “A Nike escolheu o Rio para receber suas duas primeiras lojas próprias no Brasil pela identificação da cidade com o esporte. O Rio inspira práticas esportivas, para onde olhamos tem uma pessoa correndo, surfando, jogando bola, vôlei, basquete. Além disso, outro grande motivo foi o fato de a cidade ser a sede dos Jogos Olímpicos”, destacou o presidente da Nike no Brasil, Cristian Corsi, que participou ontem em Guadalupe — zona Norte do Rio — da celebração dos oito anos de parceria da empresa com o Instituto Bola pra Frente, que atua na educação de crianças e jovens por meio do esporte. 

Segundo o executivo, a empresa tem planos de expansão de seus negócios no Brasil. "Nosso compromisso com o país é de longo prazo, com investimentos para os próximos anos", garante Corsi, sem divulgar números da empresa. O argentino, que está à frente da companhia no Brasil há dois anos, diz apenas que o país está entre as cinco principais subsidiárias da Nike no mundo, com faturamento anual em torno de US$ 1 bilhão. 

Hoje são 36 lojas exclusivas com parceiros brasileiros e 26 Nike Factory Store (que funcionam como outlets e para onde vão as coleções passadas), além das duas lojas próprias no Rio (Ipanema e Copacabana) no país. Mas a Nike quer mais. Além das unidades parceiras que crescem na proporção de cinco a seis por ano, a empresa pretende aumentar o número de lojas próprias e ainda está apostando na plataforma digital para chegar até o consumidor que está em regiões onde não há lojas físicas. 



Formando os esportistas (e consumidores) do futuro 

Além do marketing esportivo, empresa tomou para si a missão de incentivar a atividade física entre as crianças e criar uma geração mais saudável. Com essa missão, a Nike tem ido além do marketing esportivo e investido em parcerias que incentivam o esporte não somente em comunidades carentes, como também em regiões como a zona Sul do Rio de Janeiro. A empresa hoje é uma das engajadas no programa Designed to Move (Desenhado para o Movimento), junto com outras organizações, entre elas o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que — a exemplo do já realizadonos Estados Unidos e Europa — pretende investir US$ 16 milhões no Brasil nos próximos cinco anos para incentivar os esportes entre as crianças. Pesquisas feitas na época de lançamento do programa, em 2013, indicam que cerca de R$ 27 bilhões poderiam ser economizados anualmente se existisse no país mais atividade física. Esse custo reflete os gastos diretos e indiretos da inatividade física no Brasil, com doenças, tratamentos entre outros. Comparativamente, esse custo é a metade do que o Governo Federal investe em Educação.

 

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