Estudo de perspectivas agrícolas para os próximos 10 anos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), prevê que a produção mundial de aves vai ultrapassar a de suínos, tornando-se a proteína animal mais produzida e consumida em todo o mundo até 2023.
Partindo dos resultados registrados no triênio 2011/2013 a OCDE e a FAO estão prevendo que a produção mundial de carne suína evoluirá a uma média próxima (mas inferior) de 1,5% ao ano, acumulando no final do período 2013/2023 uma expansão próxima de 15%. Já para a carne de frango, o índice de expansão anual está previsto em cerca de 2,5% ao ano o que, se consolidado, representará um crescimento de 25% numa década.
Já para a carne de bovinos – cujo volume médio no triênio passado correspondeu a 23% da produção das três carnes (carne de frango: 37%; carne de porco: quase 40%) – é projetada uma expansão próxima de 1,3% ao ano, o que implica, em dez anos, não mais que 13%. Prevê-se que, com esses resultados, a produção mundial de carne em 2023 será quase 20% maior que a registrada na média dos últimos três anos, correspondendo a um volume adicional de quase 54 milhões de toneladas.
Além disso, a projeção das entidades é de que a procura firme de importações por parte da Ásia, assim como a reconstituição do efetivo pecuário na América do Norte sustentam preços mais fortes para todas as carnes, com os preços da carne bovina atingindo níveis recorde.
Em conclusão, 53% do crescimento previsto para produção mundial de carnes virá da carne de frango. A carne suína contribuirá com menos de um terço desse crescimento (31%) e a carne bovina com apenas 16%. Aumenta, portanto, substancialmente o papel da avicultura na alimentação do mundo.
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