“Não há crise de meia idade nos Brics’, diz Mantega

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Ministro da Fazenda participou de conferência no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça

O Ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que "não há crise de meia idade" nos países emergentes que compõem os Brics (Brasil, China, Índia e Rússia). A declaração foi dada durante coletiva nesta quinta-feira no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça.

de acordo com Mantega, os países emergentes estão colocados no mesmo barco que os países avançados, que vêm se recuperando da crise que já se estende por cinco anos, mas ainda encontram desafios para recuperar o dinamismo da economia.

"Foi a crise nos países avançados que fez com que os emergentes reduzissem suas taxas de crescimento. Acho difícil falar do fim dos Brics ou de crise. Não há crise de meia idade dos Brics porque eles nem chegaram na juventude. O que temos é o reflexo da crise dos países avançados", disse Mantega.

A perspectiva do ministro é que os países emergentes que compõem o bloco devem continuar a crescer, mas a taxas mais reduzidas. "Continuaremos sendo um grupo de países que vai continuar liderando o crescimento da economia mundial. Se as economias avançadas se recuperarem, dará mais impulso para os Brics."

Foco na infraestrutura

Segundo ele, o Brasil tem condições de crescer a taxas maiores do que vem crescendo nos últimos anos após alguns ajustes. "O mercado só não cresce mais por conta de uma restrição de crédito", disse o ministro.

Ele citou a ampliação, nos últimos anos, do mercado consumidor brasileiro, a taxa próximo do pleno emprego no País, e o crescimento da massa salarial. Porém, o país irá privilegiar agora a expansão de investimentos, principalmente em infraestrutura para reduzir gargalos e ineficiência na estrutura produtiva.

"Nos últimos 30 anos o Brasil investiu pouco. Temos que recuperar este tempo perdido", disse. Ele lembrou que o crescimento médio do investimento nos últimos dez anos foi de 6%. "Temos de passar dos 20% do PIB e caminhar para os 24% do PIB e ao mesmo tempo reduzir custos de transporte, exportação, que são elevados no País."

 

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