Investimentos serão ainda maiores em 2014, diz Mantega

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Ministro afirma que crescimento do PIB este ano pode ser um pouco maior que em 2013

 

A relevância dos investimentos para a economia brasileira poderá ser ainda maior em 2014, gerando resultados mais positivos, caso se confirmem as expectativas apresentadas nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante entrevista à imprensa destinada a comentar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013.

Segundo o ministro, licitações e concessões de aeroportos e estradas dão tom otimista às expectativas brasileiras em relação à economia, levando o governo a acreditar que "os investimentos aumentarão ainda mais" em 2014.

"A trajetória de investimentos no Brasil é crescente. Não sugiro números porque investimentos como os [do Campo] de Libra [o principal entre os do Pré-Sal] serão muito positivos para os próximos cinco anos. Haverá portanto crescimento dos investimentos", disse Mantega. "Com o programa de concessões, [a economia brasileira] receberá estímulo extra", acrescentou.

Mantega descartou mais desonerações para o setor produtivo. Ressaltou a importância do aperto monetário para o aumento da confiança no país. "Não estamos implementando novos estímulos como exonerações em 2014 porque os [ocorridos anteriormente] estão fazendo efeitos hoje", disse ele.

"Quanto ao aperto monetário, ele tem aspecto benéfico por controlar e reduzir a inflação. Isso gera condições favoráveis ao crescimento por causa do aumento da confiança que [por outro lado] diminui quando a inflação está elevada".

Na avaliação do ministro, existe um "paradoxo" na questão dos juros. "Ainda que aumentem no curto prazo, os juros podem cair no longo prazo. [Só que] os [cenários] de longo prazo são referência para o investidor, e podem acabar estimulando-o a aumentar negócios e investimentos".

Mantega diz que crescimento do PIB este ano pode ser um pouco maior que em 2013

O crescimento econômico em 2014 poderá ser um pouco maior do que o registrado no ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) registrou expansão de 2,3%. A avaliação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que justifica a sua expectativa com base no aumento da liberação de crédito ao consumidor e a manutenção do crédito aos investimentos.

"[No ano passado] Tivemos um crescimento abundante para o investimento e apertado para o consumo. Não tenho uma projeção, mas teremos um crescimento sustentável em 2014, que poderá ser um pouco maior do que em 2013", disse o ministro.

Mantega admitiu que o consumo vem crescendo em uma velocidade menor do que em períodos anteriores, mas ressaltou que esse aumento ocorre de forma satisfatória para as expectativas da equipe econômica do governo. Por outro lado, existe uma redução da inadimplência, lembrou o ministro. Dentro desse cenário de liberação de crédito para o investimento e para o consumo, a tendência é a melhora nas condições econômicas do país, segundo Mantega.

"É verdade que as instituições brasileiras estão mais prudentes e liberando menos crédito. Mas em algum momento passarão a liberar porque com as condições serão mais seguras. O consumidor voltará a ter espaço para adquirir um pouco mais de crédito", disse.

O ministro voltou a projetar uma taxa de investimento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 24% até 2020. Mantega destacou ainda a melhora do fundamentos da economia, com a inflação sob controle e a manutenção da política fiscal.

Guido Mantega também avaliou que o aperto monetário do Banco Central (BC), com elevação dos juros para segurar a inflação em patamares aceitáveis ou até reduzi-la, tem um aspecto benéfico, com condições favoráveis ao crescimento. Na quarta-feira, o BC elevou pela oitava vez seguida a taxa básica de juros (Selic), que passou para 10,75% ao ano.

"Um dos aspectos do crescimento é a confiança. A confiança do consumidor. A confiança do investidor, que diminui quando a inflação está mais elevada. Ao tomar medidas que garantem que a inflação será reduzida, isso causa uma perspectiva positiva", disse.

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