Há 70 anos, Attílio Fontana iniciava, em Concordia, região oeste de Santa Catarina, a história de umas das marcas de alimentos mais emblemáticas do Brasil: a Sadia, batizada a partir das iniciais de Sociedade Anônima e das três últimas letras da palavra Concórdia.
Partindo de um simples moinho de trigo, onde também eram criados e comercializados porcos para as fábricas locais, a Sadia se tornou referência em alimentação graças aos produtos e campanhas inovadoras que ajudaram a mudar a realidade da cidade, que está entre os 45 municípios com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, segundo relatório divulgado pela ONU em 2013.
Atualmente, mais de 5.000 colaboradores trabalham no complexo industrial, responsável pelo abate diário de 290 mil frangos e produção de 426 toneladas de cortes suínos, fornecidos por um sistema integrado com mais de 1.400 produtores. Cerca de 100 itens da família Sadia são produzidos no local, entre eles, presunto, linguiça, salsicha, mortadela e salame.
De Concórdia para o mundo
Ao longo de seus 70 anos, a Sadia ganhou o território nacional e conquistou o paladar dos brasileiros. Agora, a marca está preparada para desbravar novos mercados, desta vez, no exterior. Eleita pela BRF para ser a marca global da companhia, a Sadia já mantém posição de destaque no Oriente Médio e países da América do Sul.
Uma nova estratégia foi colocada em prática e novas embalagens lançadas para unificar a identidade visual da marca fora do Brasil. Ásia e África estão no radar da companhia. E, se depender do sucesso da marca no Brasil, a Sadia também será a preferência dos consumidores no restante do mundo.
Linha do Tempo Sadia:
• Década de 40: Em um pequeno moinho e um frigorifico inacabado na cidade de Concórida, SC, o empresário Attilio Fontana e seus 60 funcionários começam a processar alimentos. Em 1946, a produção era de 100 suínos por dia.
• Década de 50: Nesssa década, o país vivia um acelerado processo de industrialização. Desafiada afazer com que seus produtos chegassem às duas grandes capitais do Sudeste, a Sadia inaugura seu “front” indústrial na capital paulista: O Moinho da Lapa S.A.
• Década de 60: Nos anos 60, o Brasil atravessava diversas dificuldades. Contrariando o cenário de negatividade, a Sadia investiu em técnologia e atingiu a marca de 1 milhão de frangos abatidos. Em 64, inaugura, em São Paulo, a Frigobrás e dá início à produção de carnes e derivados fora de Concórdia. A partir daí, salsichas, almôndegas, quibes e hambúrgueres Sadia inserem a marca no mercado de alimentos semiprontos.
• Década de 70: Década marcada pela abertura de fronteiras produtivas e novos empreendimentos, marca a primeira exportação de frangos para o Oriente Médio. Foi também no início dos anos 70 que ocorreu a abertura de capital da empresa.
• Década de 80: Ano em que as exportações da marca superaram os US$ 100 milhões chegando a mais de 40 países. Foi também em 80 que a empresa superou seu faturamento em mais de US$ 1 bilhão pela primeira vez.
• Anos 90: Com filiais em Tóquio, Milão e Buenos Aires, a marca tornou-se referência na produção e distribuição de alimentos industrializados congelados e resfriados. Em 1994, quando comemorava 50 anos, o faturamento foi de US$ 2,9 bilhões e os 60 funcionários iniciais já passavam de 32 mil pessoas. Foi nessa época também que a Sadia iniciou seu processo de incorporações.
• Anos 2000: Em 2001, a lançou na Bolsa de Nova York seus ADRs – American Depositary Receipts. No mesmo ano atingiu o Nível 1 de Governança Corporativa na Bolsa de Valores de São Paulo. Em 2006, inicia um de seus maiores projetos, a contrução da Unidade Agroindustrial de Lucas do Rio Verde, que conta com uma unidade de abate e industrialização de suínos, um abatedouro de aves e uma fábrica de rações. Em 2009, a empresa associa-se à Perdigão, dando origem à BRF. Hoje, a Sadia compõe o portfólio de marcas da companhia, uma das maiores do setor alimentício do mundo
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