O Brasil perdeu três posições no Índice de Competitividade Mundial 2014, divulgado pelo International Institute for Management Development (IMD). O país agora ocupa a 54ª posição numa lista formada por 60 países, ficando acima da Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela — última colocada.
Entre as economias mais competitivas do mundo, estão os Estados Unidos e a Suíça. A novidade é a conquista da terceira posição, por Cingapura, que superou Hong Kong e Suécia, que respectivamente ocupam agora o quarto e o quinto lugar no ranking.
“Um olhar geral sobre o panorama de competitividade em 2014 aponta para o sucesso contínuo dos EUA, uma recuperação parcial da Europa e desafios para alguns mercados emergentes”, analisa Arturo Bris, diretor do Centro de Competitividade do IMD.
Segundo Bris, a maioria dos grandes mercados emergentes deslizou no ranking devido ao lento crescimento econômico apoiado na perda de ritmo das economias estrangeiras, além de infraestrutura inadequada. A China, que ocupa a 23ª posição, caiu, em parte, por causa de preocupações sobre seu ambiente de negócios, enquanto Índia (44ª) e Brasil (54ª) sofrem com mercados de trabalhos ineficientes e ineficazes na gestão de negócios. Turquia, México, Filipinas e Peru, que ocupam respectivamente o 40º, 41º, 42º e 50º lugar, também perderam posições.
De acordo com o levantamento, o Brasil perdeu 16 posições no ranking do Índice de Competitividade Mundial nos últimos quatro anos. A metodologia aplicada na mensuração dos resultados utiliza dois grupos de indicadores, que são divididos em quatro pilares competitivos: Performance Econômica, Eficiência de Governo, Eficiência nos Negócios e Infraestrutura. Os indicadores econômicos dizem respeito ao ano anterior ao lançamento do relatório, ou seja, de 2013, Já os indicadores de eficiência são baseados na opinião de executivos.
De acordo com os executivos consultados pela pesquisa, os pontos fortes do Brasil, que favorecem a atração de investimentos, são o dinamismo econômico, apontado por 75,2% deles; o ambiente amigável aos negócios, mencionado por 49,5%; o acesso a financiamento, segundo 48,5%; e a qualidade da governança corporativa, na opinião de 40,6%.
Para Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral, responsável pela análise de dados sobre o Brasil, o país vem sendo impactado pela inflação e pela baixa participação no comércio exterior. Mas, segundo ele, o ponto mais crítico da competitividade brasileira é o ambiente institucional e regulatório, apontado como um dos cinco piores do mundo, por causa da complexidade das leis trabalhistas e da alta carga tributária.
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