Pulseiras para fitness ganham espaço no Brasil

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Uma das principais novas ondas tecnológicas, os dispositivos vestíveis ainda estão longe de transformar esse burburinho em um volume de vendas expressivo. No entanto, os investimentos de gigantes do setor, como Google, Samsung, LG, Sony e, mais recentemente, a Apple, prometem virar esse jogo rapidamente. Enquanto essa tendência não se consolida, uma outra vertente da categoria começa a ganhar escala: os monitores de atividades físicas ou as chamadas pulseiras inteligentes.

Além de monitorar indicadores como passos, calorias, distâncias percorridas, qualidade do sono, batimentos cardíacos, gerar relatórios e propor desafios diários para os usuários, esses dispositivos funcionam também como uma central de notificação de e-mails, mensagens e chamadas recebidas por outros dispositivos. 

No Brasil, esse segmento já começa a atrair a atenção de marcas globais e de empresas nacionais. “Está havendo um aumento da procura, na esteira da busca por qualidade de vida e bem-estar”, diz Renata Kokeny, gerente de vendas das divisões de fitness e outdoor da Garmin no Brasil.

Americana, a Garmin chegou ao Brasil há três anos, com outras linhas de seu portfólio, especialmente em dispositivos de navegação. Em abril, a empresa lançou sua primeira pulseira inteligente no país, a Vívofit, por R$ 599, ainda com recursos mais restritos às atividades físicas. No primeiro mês, o dispositivo superou a marca de mais de 1 mil unidades vendidas. 

Nesse mês, a Garmin está ampliando seu portfólio local. Além de um novo dispositivo que se conecta a smartphones por meio de um aplicativo, a empresa está investindo na entrada da categoria no segmento corporativo. Nessa frente, a aposta são os programas de bem-estar e produtividade desenvolvidos por empresas para os seus funcionários, com iniciativas como recompensas e bonificações. “Já temos um projeto piloto com uma grande empresa de saúde. Essa será a base da nossa estratégia para ganhar volume e escala nessa oferta no país”, diz Renata. 

No varejo, as ações da Garmin estão concentrados no e-commerce de grandes redes e nas lojas virtuais de varejistas segmentados, como Netshoes e Centauro. Nas lojas físicas, a atuação se restringe às lojas especializadas. 

Hoje, com uma participação de 35% na receita local da Garmin, a divisão de fitness já é a principal área de negócios, superando a divisão automotiva — de dispositivos de navegação — pela qual a empresa é mais conhecida. 

A categoria também começa a entrar no radar de marcas nacionais. Com um portfólio extenso que inclui tablets e acessórios para PCs, games e áudio, a Leadership acaba de lançar sua primeira pulseira inteligente, também na esteira da busca dos brasileiros pelo bem-estar. “O Brasil é o segundo país do mundo em número de academias e movimenta grandes cifras em marketing esportivo. Como temos um DNA de tecnologia, a pulseira é um primeiro teste para nos conectarmos a esse mercado”, diz José Augusto Kaulino, gerente comercial da Leadership. 

Com um aporte inicial de R$ 3 milhões, a estratégia da empresa é concentrar a oferta no varejo. A ideia da companhia é aproveitar a capilaridade e o relacionamento que mantém com os varejistas em todo o país, por meio de outros produtos do seu portfólio. “Nos primeiros doze meses, nossa expectativa é vender quatro vezes mais o que investimos”, diz Kaulino.

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