O dólar interrompeu nesta sexta-feira uma sequência de quatro quedas e fechou em alta, cotado a R$ 2,424 para venda, com alta de 1,07%. Apesar da depreciação diária, a moeda encerrou a semana com baixa acumulada de 1,55%. Apenas em outubro, o dólar registra queda de 1%.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também teve um dia conturbado. O Ibovespa, índice da Bolsa, encerrou o dia em 55.311 pontos, com recuo de 3,42%. Na semana, porém, a Bovespa acumula alta de 1,41%. Somente as ações da Petrobras, as mais negociadas na Bolsa, caíram 5% hoje. Os papéis do Banco do Brasil recuaram 4%.
As tensões da corrida eleitoral e a recuperação da economia dos Estados Unidos, que estimula a fuga de dólares de países emergentes como o Brasil, pressionaram o mercado financeiro nas últimas semanas, disseram analistas do setor. Depois da definição do segundo turno da eleição presidencial entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), o dólar passou a cair seguidamente, mas voltou a subir nesta sexta-feira.
O governo diz, no entanto, que fatores externos influenciam mais a cotação do dólar e o desempenho da Bolsa do que a situação interna da política e da economia. Recentemente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu a instabilidade no mercado financeiro à situação internacional. Segundo ele, nas últimas semanas tem havido volatilidade maior por causa da perspectiva de aumento da taxa de juros, a partir de 2015, pelo Federal Reserve – Banco Central norte-americano –, e de turbulências internas em vários países.
Para o ministro, o quadro externo, também contribuiu para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzisse para 0,3% a previsão de crescimento do Brasil. Ao comentar as estimativas do FMI, Mantega disse que a queda foi reflexo da estagnação da economia global, principalmente dos países europeus, que interfere no Produto Interno Bruto (PIB) de todo o planeta.
Deixe uma resposta