A crítica é cruel para a troca de treinadores no Campeonato Brasileiro. Demitido pelo Vasco no domingo, Doriva foi o oitavo a cair em oito rodadas. Mas, pelo menos no efeito imediato, as mudanças têm produzido efeito positivo.
Se somada a alteração do São Paulo, com Mílton Cruz novamente como auxiliar e Juan Carlos Osório como treinador, chegaremos a oito treinadores que estrearam durante a Série A. Em seis desses clubes, o aproveitamento aumentou. No Coritiba, o índice é igual. Só o Palmeiras apresenta efeito inverso, mas há pouco tempo para considerações, já que Marcelo Oliveira acaba de estrear.
Até aqui, nenhuma mudança surtiu tanto efeito quanto a chegada de Roger Machado para o Grêmio em substituição ao veterano Luiz Felipe Scolari. Em cinco partidas, o novo treinador conseguiu 10 pontos e mudou o patamar gremista na classificação. Da zona de rebaixamento com Felipão, os tricolores foram à quarta posição.
Ainda houve crescimento expressivo do Cruzeiro com Vanderlei Luxemburgo, apesar de derrota para a Chapecoense no domingo, com o ganho de oito posições. Até mesmo Adílson Batista, com o ex-lanterna Joinville, produziu crescimento. A primeira vitória conquistada sobre o Goiás mandou o Vasco para o último lugar e deu esperança aos catarinenses.
Só mesmo a sequência do Brasileiro para mostrar se as mudanças são como analgésicos, que aliviam a dor mas não resolvem os problemas, ou para comprovar quais trocas foram acertadas. Uma coisa é certa: no G-4, não há clube que tenha demitido treinador. O líder Sport, com Eduardo Baptista, é aquele com maior longevidade no comando técnico da Série A.
Confira as oito mudanças de treinador do Brasileiro:
Roger Machado – Grêmio – 5 jogos
Antes com Felipão e James Freitas (interino) – 44%
Depois – 66%
Enderson Moreira – Fluminense – 5 jogos
Antes com Ricardo Drubscky – 50%
Depois – 53%
Cristóvão Borges – Flamengo – 5 jogos
Antes com Luxemburgo – 11%
Depois – 33%
Vanderlei Luxemburgo – Cruzeiro – 4 jogos
Antes com Marcelo Oliveira – 0,08%
Depois – 75%
Juan Carlos Osório – São Paulo – 3 jogos
Antes com Mílton Cruz – 66%
Depois – 77%
Adílson Batista – Joinville – 3 jogos
Antes com Hemerson Maria – 0,06%
Depois – 33%
Ney Franco – Coritiba – 2 jogos
Antes com Marquinhos Santos – 16%
Depois – 16%
Marcelo Oliveira – Palmeiras – 1 jogo
Antes com Oswaldo de Oliveira e Alberto Valentim (interino) – 38%
Depois – 0%
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