Mais duas empresas podem ter fraudado testes ambientais: BMW e Seat

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A montadora alemã BMW e a espanhola Seat também podem estar envolvidas na fraude de normas ambientais que atingiu a Volkswagen e levou à renúncia do presidente mundial da montadora alemã, Martin Winterkorn. As denúncias foram publicadas nesta quinta-feira (24) pelo jornal alemão Auto Bild e pelo espanhol El País. Segundo a Volkswagen, em todo o mundo 11 milhões de carros receberam o software que frauda os dados de emissão de poluentes.

A publicação sobre a BMW afirma que, assim como a Volks, a empresa poderia ter burlado os testes de emissões de poluentes, colocando no mercado veículos que liberam 11 vezes mais gases que o permitido. A denúncia recai especificamente sobre o modelo BMW X3 xDrive 20d, que a marca alemã, por sua vez, garante que está dentro das normas europeias de emissões Euro 6.

A empresa veio a público desmentir seu envolvimento no escândalo. "A BMW não manipula os seus veículos, não há diferença entre os resultados na rua e os testes em laboratórios", informou. No entanto, as especulações do Auto Bild refletiram nas ações da montadora, que despencaram 10% no pregão desta quinta-feira.

A fraude da Volkswagen foi descoberta pela agência ambiental norte-americana (EPA, na sigla em inglês) após ser pressionada por quase um ano a admitir que seus carros poluiam mais do que indicavam os testes. Somente após o governo dos EUA proibir a montadora alemã de fabricar os modelos questionados, a Volkswagen admitiu ter usado intencionalmente em seus carros a diesel um sofisticado software criado para enganar os controles de emissões de poluentes nos Estados Unidos. O caso fez com que as ações da empresa caíssem nas bolsas de valores mundiais, acumulando perdas superiores a 30%.

A fraude da Volkswagen foi descoberta pela agência ambiental norte-americana (EPA, na sigla em inglês) após ser pressionada por quase um ano a admitir que seus carros poluiam mais do que indicavam os testes. Somente após o governo dos EUA proibir a montadora alemã de fabricar os modelos questionados, a Volkswagen admitiu ter usado intencionalmente em seus carros a diesel um sofisticado software criado para enganar os controles de emissões de poluentes nos Estados Unidos. O caso fez com que as ações da empresa caíssem nas bolsas de valores mundiais, acumulando perdas superiores a 30%.

Na quarta-feira (24), o presidente-executivo da empresa renunciou ao cargo, ao mesmo tempo em que o governo alemão exigiu explicações e instaurou uma comissão para apurar o caso. O ministro dos Transportes da Alemanha, Alexander Dobrindt, disse que a fraude da Volks também ocorreu na Europa. "Fomos informados que inclusive na Europa os modelos a diesel com motores 1.6 e 2.0 foram manipulados", comentou.

A empresa destinará € 6,5 bilhões para cobrir prováveis custos com o escândalo, informaram representantes da montadora à agência Bloomberg. Além disso, a Volks pode ser multada em quase US$ 20 bilhões e ser obrigada a retirar do mercado dos EUA cerca de 500 mil carros vendidos desde 2008.

Segundo o jornal El País, a marca espanhola Seat, que pertence à montadora alemã, teria fabricado 500 mil motores com o sistema fraudado, desde 2009. As informações foram passadas ao jornal por fontes ligadas à Volks.

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