Copa e eleições devem fomentar consumo de carne, diz diretor da JBS

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O diretor executivo comercial da empresa de alimentos JBS, André Skirmunt, espera um 2014 "bom" para o consumo de carnes no geral. "O segmento de carnes – bovino, frango e suíno – vai continuar com alto patamar de consumo neste ano. E a Copa do Mundo e as eleições vão fomentar o consumo das proteínas, porque os eventos tendem a estimular a realização de festas, churrascos", declarou, em participação no Seminário "Perspectivas Comerciais para 2014", promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) nesta quinta-feira (23/1).

O executivo disse que o setor aguarda a continuidade de exportações fortes, o que acaba regulando o estoque nacional. "Com a demanda forte externa, temos um nível de oferta interna equilibrada, o que sustenta os preços."
 
Skirmunt explicou que os investimentos da companhia para aproveitar as oportunidades da Copa do Mundo foram feitos desde 2012. "Na verdade, o grande desafio da empresa foi criar uma marca para o nosso item commodity, a carne, para ter uma marca estabelecida na mente do consumidor. Então, nosso grande investimento esteve num estágio anterior. Dessa maneira, é mais fácil aproveitar oportunidades como essa da Copa", disse, ressaltando que a campanha "Friboi" gerou uma "performance em vendas acima das expectativas".

O executivo comentou que o Natal e Ano Novo de 2013 foram uma experiência boa de vendas para a JBS. "Com as datas caindo em quartas-feiras, acabamos vendo a diminuição da comercialização de itens sazonais e o aumento das vendas de carne para o churrasco."

Preços
O diretor executivo comercial da JBS, André Skirmunt, acredita que 2014 vai ser marcado por uma oferta de carne bovina equilibrada à demanda pela proteína. O movimento pode dar firmeza aos valores da carne no ano.

Com relação ao custo da matéria-prima, o boi gordo, o executivo afirmou que, apesar do período de safra ainda não estar intenso, o movimento de baixa dos preços dos animais prontos para o abate já começou. "Não vemos, para 2014, dificuldades na aquisição de matéria-prima tanto pelo lado da oferta quanto de preços. Não faltará produto no mercado", declarou à reportagem. Ele ponderou que qualquer questão econômica deve influenciar o comportamento de preços da carne e do boi gordo.

Questionado como está o processo da abertura do mercado norte-americano para a carne in natura brasileira, Skirmunt disse que ainda há aspectos técnicos a serem discutidos entre os dois países. "As conversas estão adiantadas, mas nunca se sabe quanto tempo vão durar as discussões técnicas", declarou, dizendo que ainda neste ano a liberação deve ocorrer. "No fim, os questionamentos de detalhes e rigorosidades das autoridades norte-americanas são bons para elevar o nível de qualidade das regras brasileiras", completou.

 

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