Grêmio diz que julgamento “já estava decidido” e confia em recurso no STJD

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A diretoria do Grêmio não ficou surpresa com a decisão da 3ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nesta quarta-feira (03) – o tribunal decidiu excluir o time gaúcho da Copa do Brasil por causa de ofensas racistas de torcedores ao goleiro Aranha, titular do Santos. Em tom resignado, o presidente Fabio Koff disse que a sessão "já estava decidida" e que confia numa mudança de panorama no recurso.

Depois do julgamento, Koff conversou com Michel Assef Filho, advogado que o Grêmio contratou para trabalhar no caso. "Já estava decidido. Vamos para o pleno", declarou o mandatário tricolor.

O Grêmio ainda não apresentou recurso, o que deve acontecer nas próximas horas. A expectativa da diretoria gaúcha é que o caso seja incluído na pauta do pleno do STJD na quinta-feira da próxima semana (11/09).

"O CBJD [Código Brasileiro de Justiça Desportiva] não fala em exclusão nesse caso. A exclusão é uma pena máxima. Tecnicamente, não existe isso no código. É nisso que vamos nos basear no pleno. Tomara que isso mude, mas estamos confiantes", disse Assef Filho depois do julgamento.

O jogo em que as ofensas racistas de torcedores do Grêmio foram registradas aconteceu na última quinta-feira (28), em Porto Alegre. O Santos venceu por 2 a 0, e a partida chegou a ser interrompida no segundo tempo por reclamações de Aranha, que foi chamado de "macaco" por alguns gremistas.

O Grêmio foi enquadrado no artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). Além de ter sido excluído da Copa do Brasil, o time gaúcho recebeu multa total de R$ 54 mil. Os torcedores identificados no episódio e os árbitros que trabalharam na partida também receberam punições do STJD.

"Dentro do estádio, o torcedor grita porque quer extravasar e não porque é racista. Infelizmente, esses gritos se tornaram comuns em estádios pelo Brasil. Não podemos tratar como a coisa mais grave. Estamos falando de cinco pessoas num universo de 30 mil", encerrou Assef Filho.

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