Sem Zé, Felipão chega ao 10º time em 10 jogos e introduz “padrão europeu”

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Em pouco mais de um mês no comando do Grêmio, Felipão já atribuiu a "cara" que deseja à equipe. Recheou o meio-campo com três volantes para proteger a zaga e cobra de todos – até do centroavante Barcos – comprometimento com a marcação na saída de bola dos rivais. Também fez os jogadores incorporarem o "espírito" de garra e de inconformismo para lutar até o fim pelo resultado. Tem o padrão de jogo definido, mas não conseguiu repetir uma vez sequer a escalação. Na próxima quinta, contra o Santos, na Arena, Scolari chega à 10º partida à frente do Tricolor. E à 10ª formação.

É bem verdade que o treinador se vê obrigado a fazer alterações para o confronto com o Peixe. Não pode contar com o lateral-esquerdo Zé Roberto, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Breno e Pará são candidatos à vaga. Mas as mudanças se notam logo na estreia, contra o Inter, na 14ª rodada do Brasileirão, quando promoveu seis modificações na equipe em relação à escalação do interino André Jardine na partida anterior. Desde então, foram ao menos duas novidades a cada formação.

A falta de uma equipe definitiva é vista com normalidade pela diretoria gremista. O diretor executivo Rui Costa exalta a manutenção do padrão tático e a força do elenco do Grêmio para se adaptar às exigências de Scolari. O dirigente compara a postura do comandante à adotada por treinadores de grandes clubes europeus.

– O Felipão tem total autonomia e compartilha tudo comigo e com os demais integrantes da diretoria. Trocamos ideias diariamente, mas ele é o responsável. Ele está experimentando e fazendo um rodízio como os grandes clubes da Europa. Um grande time é aquele que altera os jogadores e não altera a tática. Mesmo com a rotação, a equipe ataca e defende da mesma forma. Os atletas têm muito claro suas funções táticas – avalia em entrevista ao GloboEsporte.com.

Em meio a muitas mudanças, Felipão também esboça algumas definições. Marcelo Grohe, Rhodolfo e Dudu iniciaram como titulares nas nove partidas, assim como Fellipe Bastos e Barcos, que só deixaram a equipe quando não podiam atuar, ora por suspensões, ora por lesões. Na lateral direita, o comandante adota uma espécie de revezamento: Matías Rodríguez atua quando a opção é por uma escalação mais ofensiva e Pará, quando é preciso ter mais consistência na defesa. O GloboEsporte.com analisa as alterações feitas por Felipão no Grêmio. Confira:

tabela escalaçoes Felipão (Foto: Reprodução)

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