A farinha de trigo é responsável por 20% do preço do pão. O cenário mais favorável em relação ao trigo, como a diminuição deimportações dos Estados Unidos e até mesmo a colheita recorde do Brasil, mostram uma tendência de baixa no preço deste cereal e pode aliviar o custo do pãozinho.
Segundo o presidente do conselho deliberativo da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) Marcelo Vosnika, mesmo assim, não se pode afirmar que o preço do pão irá diminuir. Isso porque a confecção do produto depende de outros fatores como energia elétrica que irá aumentar no ano que vem.
— Vai ter um cenário mais confortável para a farinha de trigo. Eu acredito que não tenha pressão de alta no preço do pão. Se vai cair, vai depender de [outros] custos.
O Brasil é um dos principais importadores de trigo. Em 2013, os Estados Unidos foi um grande fornecedor do País. Mas a perspectiva de uma colheita brasileira recorde de 7,7 milhões de toneladas este ano e das boas perspectivas da safra nos países do Mercosul, como a Argentina e Uruguai, também farão com que o País importe menos dos americanos nos últimos meses deste ano e também em 2015.
As compras de trigo dos países do Mercosul pesam menos, pois são isentas de uma tarifa de 10%, a chamada TEC (Tarifa Externa Comum).
Além disso, Marcelo Vosnika explica que os estoques mundiais de trigo estão retornando para patamares considerados confortáveis, como 24%.
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— O mundo colheu bastante trigo, Estados Unidos principalmente, e abasteceu os estoques mundiais. No Mercosul, está iniciando colheitas grandes. Uruguai, Brasil e Argentina também plantaram mais. Então, o único risco que a gente tem é de um problema climático aqui no Mercosul.
A Previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é de que o Brasil importe 5,5 milhões de toneladas de trigo este ano, enquanto que em 2013, foram 6,6 milhões.
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