Gastos com luxo contribuem para inadimplência

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O consumo de produtos de luxo está entre os principais motivos de gastos e endividamento dos brasileiros. Segundo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz, três em cada dez pessoas, o equivalente a 30%, já ficaram com o nome sujo devido ao consumo de bens que consideram de luxo.

Em números absolutos, são 19,6 milhões de brasileiros, principalmente jovens, pertencentes às classes B e C. Entre esse total, 43% ainda estão inadimplentes, ou seja, 8,5 milhões de compradores, em números absolutos.

Ainda de acordo com os dados do estudo, 24% dos entrevistados já deixaram de pagar alguma conta para adquirir produtos que considera de luxo. Isso representa 15,7 milhões de pessoas, principalmente mais jovens. Os maiores gastos foram com perfumes, atingindo 69%, roupas, com 64%, calçados, que somaram 59%, artigos eletrônicos, com 58%, e restaurantes, com 54%.

Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, o consumo de luxo é muito utilizado para demarcar a própria personalidade do consumidor, já que os produtos são reconhecidos pela sociedade e carregam peso de imagem e autoestima. “O uso de marcas famosas e, especificamente, do mercado de luxo, dá status ao consumidor”, diz a economista.

Outro dado relevante da pesquisa revela que 42% dos entrevistados que possuem fundos de investimento já deixaram de guardar dinheiro ou usaram parte ou todo o dinheiro guardado pra comprar produtos de luxo.

“A vontade de pertencer a algum grupo ou ter produtos exclusivos e da moda também leva o consumidor a retirar um valor da sua reserva financeira para a compra imediata”, analisa a economista, acrescentando que essa quantia, se acumulada, pode fazer falta a curto e médio prazo, ou até mesmo na aposentadoria.

Outros 26% dos entrevistados assumiram que seus sonhos são adiados após a compra dos produtos de luxo. “Caso as finanças estivessem de acordo com os gastos, estes não seriam debitados de uma reserva financeira importante, e sim de uma quantia específica para gastos supérfluos”, explica Kawauti.

 

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